Temas Abertos

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O primeiro Tema aborda a prática cada vez mais comum da comunidade científica de fatiar uma única descoberta, como um salame, para publicá-la no maior número possível de artigos científicos: a " Salami Science" , publicado no site do Estadão por Fernando Reinach. Vale a pena ler.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,darwin-e-a-pratica-da-salami-science-,1026037,0.htm

- Compreendendo Reservatórios de Gás-condensado: como a sísmica pode auxiliar seus desenvolvimentos?

 - Acompanhamento da produção de reservatórios. A sísmica 4D pode ajudar no momento e na decisão de ações de engenharia de reservatórios

O Texto abaixo foi retirado do Grupo de Discussão no Linkedin, Geopet, que trata de assuntos de Geologia, Geofísica e Engenharia de Petróleo, para homenagear o dia de hoje, 10 de Junho, Dia da Lingua Portuguesa.

Creio que tal texto se presta fortemente a elucidar alguns pontos extremamente negativos que vêm sendo repetidos e cometidos contra a lingua portuguesa,  associados a conceitos geológicos, no caso a imensa e danosa confusão conceitual entre Xisto e Folhelho.

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Aproveitando a importante inserção do colega Ary, no último debate, sobre o meio ambiente e a produção de gás, insiro um comentário para conversar com geólogos, engenheiros e todos os demais profissionais e estudantes aqui da Geopet, sobre o crescimento absurdo de difusão no Brasil da palavra Xisto, para erroneamente traduzir do ingles a palavra Shale, que litologicamente é um clássico folhelho.
Pode parecer uma bobagem vernacular, mas estamos perigosamente (no âmbito científico e social) permitindo que, em português, esses conceitos errados e traduções mal feitas cresçam e dominem a mídia e a terminologia econômica, alem da confusão na cabeça de nossos jovens com conceitos geológicos trocados.
Observem que a Internet já está lotada com esses conceitos errados sobre " Gás em Xisto" : Wilkipedia, blogs de Geologia, Imagens, etc..

E isso começa também com más definições em artigos na própria língua inglesa, como mostrada em http://www.rigzone.com/news/article.asp?a_id=41844, citando o "óleo de xisto da Petrobras em São Mateus do Sul" para se referirem aos folhelhos betuminosos da Formação Irati, no Paraná.

E assim embarcamos.....tal qual a confusão leiga que se faz, por exemplo, com as definições de veias e artérias. Caso as escolas de Medicina permitissem tais confusões para os estudantes de medicina, o que seria de todos nós...?

Mas como nossas vidas não dependem de um xisto ou de um folhelho, agente vai deixando...

Xisto, se associa a Schist (do Latin schistos), uma rocha metamórfica, foliada (xistosidade).
Folhelhos se associam a Shales (de onde originam os termos shale-gas, shale oil..), rochas sedimentares argilosas, que podem gerar e acumular sim esses hidrocarbonetos.

As únicas manifestações públicas que conheço no sentido de corrigir tal erro conceitual são da AEPET, através do geólogo René Rodrigues, e do IPT, sendo que ambos não são, sequer, órgãos de Geologia em seus núcleos de origem.
Gostaria de saber a opinião dos colegas sobre isso. Seria uma simples e irrelevante bobagem de vernáculos ou devemos perguntar à SBG, ABGP, ANP, Escolas de Geologia e outras instituições, de países da língua portuguesa, o porquê dessa inanição em relação ao cuidado com palavras e conceitos geológicos na nossa língua?

Rogério Santos